quinta-feira, 13 de março de 2014

Será? Cap-09

Aquela mulher parecia um anjo de tão linda parada naquela janela. Ele se moveu repentinamente, e um gesto delicado, parecia que ela iria sair da janela, mas antes que ela fizesse isso, eu gesticulei chamando a sua atenção para mim, e quando ela me olhou eu disse ainda com gestos que queria falar com ela. Ela me olhou parecendo confusa, e balançou a cabeça em um gesto negativo, mas eu não poderia deixar esta oportunidade passar, eu precisava muito falar com aquela mulher.
Juntei as mão paralelas ao rosto em forma de prece, ela respirou fundo e espalmou a mão no ar em um pedindo que eu a aguardasse.

Deve ter se passado uns 5 minutos no máximo, mas foram os minutos mais tensos da minha vida.

-Oi!<ouvi a sua voz suave ao longe>

-Cadê você?

-Shiiii!!... Estou aqui na janela da cozinha!

-Na janela?<disse indo ao seu encontro>... Mas por que a janela, por que não veio ao quintal?<sorri ao ver os seus lindos olhos através da janela não muito grande>

-E que o meu marido viajou, e eu fiquei trancada!

-Ele viajou e te deixou trancada?

Ela ficou quieta, parecia estar distante, com o olhar triste e sombrio, daria qualquer coisa para saber o que ela estaria pensando agora.

-Não claro que não!<disse rapidamente depois de alguns segundos>...E que eu acabei perdendo a chave na rua, esqueci de comentar, ele acabou saindo e me trancando sem saber!

-Nossa mas que loucura!... Só um minuto, eu vou ligar para um chaveiro amigo meu, e ele te destranca em minutos!... Ele e o cara, sempre me destranca quando chego em casa tarde, e perco a chave!<sorri pegando o celular>

-NÃO!... Não precisa, eu... Eu... E... Já chamei!... É eu já chamei um chaveiro, ele deve estar chegando, não precisa se incomodar comigo!

-Tudo bem, eu fico aqui com você ate ele chegar!<sorri para ela>

-Imagina não precisa, não quero te atrapalhar...

-Você não me atrapalha em nada, muito pelo contrario...

-Bruno!... Ei cara cadê você?

-Droga!<balbuciei>

-O que houve?

-O Kenji esta me chamando!<a encarei>

-Nossa você ouve muito bem, eu não ouvi nada!

-Cantor tem que ter um bom ouvido!<sorrimos>... Estou aqui Kenji!<me distanciei um pouco da janela>

-A sim!... Oi vizinha!

-Oi, tudo bem?<sorriu para ele, nossa aquele sorriso, ele era tão lindo>


-Nossa e estranho falar assim!<sorriu>... Parece que estou falando com uma detenta!

-Kenji!<chamei a sua atenção

-Desculpa!... Então, vamos antes que nos atrasemos?... Temos uma reunião importante hoje, não podemos dar mole com o cara!

-Olha, toma a chave do meu carro, vai na frente que eu vou ficar...

-Não!... Já disse que não precisa, eu vou ficar bem!

-Esta acontecendo algo?

-Não, esta tudo bem, e o seu amigo que esta preocupado demais!

-Você tem certeza?<me virei para ela olhando em seus olhos>

-Tenho sim Bruno!

-Você lembra do meu nome?... E que você disse que não ouviu...

-Claro que sim!... Jamais esqueceria o nome do homem que me defendeu, sem nem mesmo me conhecer!

-Faria novamente sem pensar duas vezes!

-Bruno!

-Já vou Kenji!<disse rispidamente e ela sorriu>

-Vai Bruno, não quero que se prejudique em nada por mim!

-Eu vou, mas volto mais tarde para ver se o cara já veio te retirar daí!

-Não precisa eu...

-Faço questão!... Mais tarde eu volto!<encostei e beijei os seus dedos que estavam segurando firmemente na janela>... Eu volto!

Olhei para o Kenji que me aguardava com uma cara não muito boa. Seguimos para o carro, e se antes eu já pensava nela, agora eu tenho certeza que ela não sairá dos meus pensamentos. Aquele sorriso, aqueles lábios, aquela voz suave, em um tom baixo que a deixava sexy. Parecia que estava hipnotizado por ela.

-Acho melhor você parar por aqui!<disse já dentro do carro>

-Do que você esta falando?<perguntei já sabendo a resposta>

-Oras Bruno, de você estar obcecado pela Gabriella!... Ela e casada, e o marido dela não e nada passivo!<sai com o carro>

-Eu sei, e acredite este e o único motivo de eu não ter me aproximado ainda mais dela!... Eu tenho receio dele acabar agredindo ela verbalmente por algum motivo, ainda mais se fosse por minha causa!... Ele parece ser impulsivo demais!

-Sinceramente meu amigo!... Eu acho que ele bate nela!

-Que isso Kenji, claro que não!... Ele parece ser grosseiro, mas chegar a bater nela, acho um pouco demais!

-Não sei Bruno, já ouvi a sua voz algumas vezes durante a madrugada, pedindo para que ele parasse com algo!... Mas não entendi muito bem!

-A cara você e homem, vai me dizer que nunca foi um pouco mais forte com a sua mulher na hora do... Você sabe!<sorrimos>

                             

-Definitivamente você não presta Bruno!

-Estou mentindo?<sorrimos>

Trocamos de assunto enquanto seguíamos para o estúdio, confesso que a sua suspeita dele bater nela ficou martelando na minha cabeça, mas eu acho que ele não e tão maluco a este ponto. A Gabriella e uma mulher linda, as duas únicas vezes que a vi foi impossível não reparar em um mulher daquelas, se ele fizesse algo parecido com isso a ela, nossa, eu não quero nem pensar, ele deve ser um idiota.

Mas eu acho que não chega a isso, ele deve tratá-la com o maior carinho do mundo, afinal parece que ela o ama muito, e o respeita demais, pois nem vir falar comigo direito ela veio. Bom se ela e feliz com o marido quem sou eu para ficar me metendo em um relacionamento tão perfeito.

Depois de mais alguns minutos chegamos no estúdio, todo mundo já estava la nos esperando, menos os produtores da gravadora, sorte a nossa.

-Kenji!<segurei em seu ombro enquanto seguíamos para a ilha de edição>

-Não me toca assim por que eu to carente, preciso da minha mulher de volta!

-Acredite você não faz o meu tipo!<sorrimos>... Eu prefiro um moreno alto careca... <disse ao ver o Phil passar do nosso lado, adoro implicar com ele>

-Nem vem estou em greve!<sorrimos>

-Fala cara, já ate sei sobre o que é, ou quem é!

-Ta que bom, me poupa tempo!... Por que você acha que ele bate nela?

-Já te disse cara, eu ouvi uma vez ela pedindo...

-Ta esta parte eu entendi!... Mas só por isso?

-Olha uma mulher geralmente não vive presa dentro de casa, ainda mais uma mulher tão bonita quanto ela!... Mas ela vive se escondendo de todo mundo!

-Como assim se escondendo?

Ele me contou que uma vez estava no quintal cuidando da piscina, ela apareceu na lavanderia na parte de trás da casa, e quando ele foi cumprimentá-la, viu que ela estava com um olho roxo, ele perguntou se ela estava bem, mas ela desconversou dizendo que precisava entrar para fazer o jantar.

Eu disse que tinha achado estranha a sua atitude de não me receber normalmente para conversar cara a cara, ao invés de ser pela janela da cozinha. Eu disse a ele que ela me contou que estava presa por ela ter perdido a chave de casa, o marido saiu e a deixou trancada sem querer.

-Sinceramente, eu acho que ele a deixou presa de propósito!

-Você acha que ele seria capaz disso?<o encarei cético cruzando os braços na altura do peito>

-Depois daquele dia da briga, eu acho que ele e capaz de muito coisa!... Mas também acho que isso não e da sua conta meu amigo, você deveria deixar esta mulher viver a vida dela!

-Mas e se ele bater nela como você disse?... Eu não posso só ver!... E nem você deveria...

-E mesmo?... E o que faríamos?... Você chegaria na casa dela em cima de um cavalo branco para salva-la?... Acorda, ela não e a princesa trancada no alto do castelo, e você não e um príncipe encantado!<disse e simplesmente saiu>

Fiquei por uns minutos parado pensando em tudo o que o Kenji falou, e ele tinha razão, eu não deveria me meter na vida de ninguém, principalmente dela, se eles estão juntos, e por que se amam, o que eu estou fazendo? Preciso tirar esta mulher da minha cabeça urgentemente.


* Gaby *


Estava distraída olhando para o tempo, e me lamentando pelo fato de ter fraquejando mais uma vez, deixado ele me trancar aqui, na realidade foi o seu beijo, ele me beijou com tanto amor, com tanto sentimento, que me deixou extremamente confusa, tinha esperança de que ele voltasse a me amar.

Decidi ir para o banheiro tomar um banho e tentar relaxar um pouco, afinal terei uns dias sem tensão.

Olhei pela janela do banheiro, e vi uma nuvem carregada vindo de muito longe, eu amava dias chuvosos, eram tão... Lindos, me faziam bem, me traziam paz.

 Me aproximei da janela me escorando na soleira, em uma fração de segundos olhei para baixo, e me deparei com ele parado olhando para mim, senti um frio atravessar a minha espinha, o meu coração acelerou, as minhas mão tremeram, na realidade todo o meu corpo tremeu. Mesmo de longe eu conseguia enxergar os seu lindos olhos, ou eles ainda estavam gravados na minha memória, na realidade e um pouco confuso tudo o que sinto quando olho para ele, e semelhante ao que sentia quando... Olhava para o Tony.

Eu não poderia ficar na janela por muito tempo, principalmente olhando para outro homem, e se ele pediu para alguém da vizinhança tomar conta de mim? Não posso dar chance para o azar. Eu desviei por um segundo o meu olhar do seu, e ia saindo da janela, e em um gesto quase que me implorando para que ficasse, em seguida ainda com gestos, disse que queria falar algo comigo. Eu tomei uma decisão da qual poderia me arrepender profundamente.

Pedi que ele me esperasse, me olhei no espelho, o meu olho ainda estava marcado pela ultima surra que levei dele. Passei um pouco de corretivo no olhos, e coloquei uma blusa de gola alta por causa de alguns hematomas no pescoço.

Desci as escadas apressadamente, estava ansiosa para vê-lo de mais perto, mesmo sendo pela janela, não tinha outra opção, eu estava trancada dentro de casa.

O chamei e trocamos algumas palavras, ele quase me pegou quando perguntou se o Tony tinha saído e me deixado trancada. Sinceramente!Eu quase gritei que sim, que eu estava trancada, triste, que eu apanhava quase que diariamente, que eu precisava de ajuda. Mas infelizmente eu não poderia fazer isso, afinal, o que eu conhecia dele? Nada, mal sabia que se chamava Bruno, e que tinha os olhos mais lindos, e amorosos que eu já vi na vida. Mas isso o Tony também “tinha” e olha no que ele se tornou, quem me garante que ele não e igual?


Quando ele foi embora prometendo que voltaria para ver se o “Chaveiro” que eu supostamente tinha chamado teria vindo me destrancar, eu senti um misto de expectativa com medo. Expectativa por vê-lo novamente, e medo de o que eu falaria para ele já que não tinha chamado ninguém para me destrancar.

A tarde passou, a noite caiu e ele não apareceu, me senti ainda mais sozinha e esquecida por todos, a minha sina e realmente ficar aqui presa nesta casa, sem ter para aonde ir, apanhando quase que diariamente, e sonhando com a expectativa do Tony voltar a se ao menos 50% do que ele era quando nos casamos.

Segura de que ele não apareceria mais, decidi não esperar. Segui para o banheiro, tomei um banho, e antes de sair ainda enrolada no roupão dei mais uma olhada para a janela, e vi o marido da Eleonora chegar em um carro, acho que o mesmo no qual ele saiu pela manha, olhei bem e sim, era ele, um sorriso espontâneo brotou nos meus lábios, mas este sorriso logo se desfez quando o Bruno simplesmente foi embora. Abaixei a cabeça, e segui para o meu quarto, tirei o roupão e me olhei no espelho, em nada me lembrava a Gabriella de antes, estava mais magra apática, com olheiras, com o cabelo horrível. Enfim, a minha vida tinha ido embora ao lado dele. Senti as lagrimas tomarem conta do meu rosto, senti elas escorrendo pelo meu corpo e se perdendo no meu peito, se perdendo como o meu coração se perdia a cada dia que tinha que acordar, e me deparar com esta casa, com as suas coisas, e as lembranças de uma vida cheia de lagrimas, e insegurança.



quinta-feira, 6 de março de 2014

Confusa! Cap-08

++++++

Depois deste dia tudo piorou ainda mais, nem ir ao mercado mais eu pude, ele aumentou a marcação em cima de mim, e ate para cuidar do jardim tinha hora certa. Eu nunca mais vi o Bruno, e talvez tenha sido melhor assim, eu confesso que me senti estranha quando ele me defendeu, me senti “segura” coisa que eu não me sentia mais a anos. A uns meses atrás eu ate o vi na casa da Eleonora através da janela do banheiro do meu quarto, mas cuidei não deixá-lo me ver, mas fiquei por alguns minutos recostada na parede ouvindo a sua voz.

Um ano se passou desde o ocorrido, eu continuei apanhando, sendo humilhada, e por varias vezes senti vontade de realizar o meu sonho, mas infelizmente me faltou coragem.

Hoje como sempre acordei cedo fiz o seu café da manha, e como sempre ele foi frio e grosso comigo, acho que a minha vida e ser assim prisioneira do meu próprio medo.

-Gabby!<sentou-se a mesa>... Você tem 10 minutos para arrumar as minhas malas!... Eu vou viajar, o meu vôo sai em trinta minutos, o aeroporto e longe então, e melhor você se apressar!<disse tomando um gole de suco calmamente>

-Tony por que você não me avisou ontem?... Eu teria mais tempo para arrumar tudo...

-Eu estou pouco me lixando para você Gabriella, quero as minhas malas prontas em 10 minutos!... Corre esta perdendo um tempo precioso!

Fui praticamente correndo para o quarto, peguei a sua mala e comecei a arrumar as suas coisas correndo dentro dela, eu dobrava as suas roupas sentindo o seu perfume tomar conta do quarto, ao mesmo tempo em que eu o odiava por me tratar tão mau, o amava pelo homem que ele era antes, definitivamente, acho que estou presa ao passado, e não consigo enxergar o meu presente.

Estava terminando de arrumar tudo quando ouço a sua voz alertar-me que so tinha mais 3 minutos, ele estava praticamente contando os segundos, isso e brincadeira. Depois de mais ou menos um minuto, estava com as suas duas malas prontas, que estavam bem pesadas de certa forma, desci com tudo pronto, ele estava sentado no sofá e não vou mentir, ele estava... Muito lindo.

-Anda sua imbecil, vai ficar ai me olhando?... Eu preciso ir!<ele esta lindo, mas continua um babaca completo>

-Será que você poderia me ajudar?

-Mas e claro<deu dois passos a frente>... Que não!<seguiu para a porta da cozinha que dava na garagem>

-Mas elas estão pesadas...

-Se vira você tem que aprender a fazer isso!<Deu as costas novamente e seguiu o seu caminho>

Fiquei paralisada por uns segundos olhando ele se distanciar se realmente me ajudar com as malas, respirei fundo, e as peguei uma em cada mão e o segui. Antonny não moveu um músculo de seu corpo para me ajudar, ele apenas olhou atentamente cada movimento que fazia na intenção de colocar as malas no carro.

Depois de tudo organizado dentro do carro, ele me pegou pelo braço, e ainda sem dizer nenhuma palavra, ele me levou, ou melhor me arrastou para dentro de casa, como um saco de qualquer coisa.

-Tony!... Tony!... Esta me machucando Tony!<disse enquanto era arrastada sala adentro>

-Eu te quero dentro de casa, esta me ouvindo?<disse cerrando os olhos>... Se você pensar em colocar os pés fora de casa, eu vou saber, e acredite você ficara sem eles!

        

Senti o meu corpo se arrepiar, ele conseguia me deixar tremendo de medo, os seus olhos eram rudes, e penetravam nos meus dominando cada centímetro do meu corpo.

A sua expressão foi relaxando, ele me olhava um pouco mais passivamente agora, os seus olhos azuis profundos, voltavam a um azul céu, me passando uma certa calma, senti o meu corpo se desarmar momentaneamente, a sua mão que outrora me apertava com brutalidade, agora estava menos agressiva em volta do meu braço, senti a sua outra repousando em minha cintura me puxando contra si, os seus lábios se aproximaram do meu me surpreendendo com um beijo calmo, o mesmo beijo que ele me deu no dia em que nos casamos, um beijo que fez o meu corpo se desarmar por completo, e se entregar a esta Tony, o Tony em que eu conheci a 5 anos atrás, o Tony que eu amei, e que prometeu me fazer feliz.

        

Nossos lábios de desvencilharam calmamente, senti o sabor dos seus lábios, o sabor de antes, senti que la no fundo ele ainda me amava, e só estamos passando por uma fase, ele ainda e o mesmo de antes.

Ele me olhou nos olhos e simplesmente deu as costas, com as chaves em mãos ele chegou a acomodá-las em cima da estante da sala, mas logo as recolheu.

-Você ainda não merece esta confiança!<as pegou novamente e saiu de casa trancando a porta>

Eu senti todo aquele alivio se dissipando, não por completo, por que depois daquele beijo e impossível não sentir um fio de esperança, mas confesso que a sensação de ficar tantos dias trancada em casa não e muito agradável, e se acontecesse algo? Se a casa pegasse fogo? Tudo pode acontecer.


* Bruno *


Um ano havia se passado desde aquela confusão na casa do Kenji, aquela mulher mexer u comigo, eu queria muito ter protegido ela, mas não poderia me envolver, ela é casada, e deve saber perfeitamente o por que ainda esta com ele, já que a tratava tão mal. Talvez ele nem fosse tão grosso quanto aparentava, e só estivesse nervoso demais naquele dia. Eu so sei que mesmo depois de todo este tempo, ela não saiu da minha cabeça, os seus olhos estão aonde eu vou, o seu perfume natural, a sua pele macia, lembro-me do dia em que a vi pela primeira vez no mercado, quando toquei em sua pele, e em seu corpo pela primeira vez.

Por algumas vezes durante este ano, fui a casa do kenji, e confesso que em algumas delas, foram meras desculpas para ver se conseguia vê-la por uns breves minutos se quer, e acabei vedo ela algumas vezes, pela janela, mas vi o seu rosto, que sempre estava triste, e ate meio depressivo as vezes.

A uns 6 meses atrás, a Eleonora me disse que assim que eles se mudaram, ela era reservada, mas não como agora, que antes ela ia ao jardim cuidava das flores, e ate conversavam, mas que agora ela esta muito mais restrita do que antes. Enfim, so sei que todas as vezes que a via mesmo que fosse por uma fração de segundos, o meu coração acelerava um pouco mais, isso estava me deixando um pouco confuso, então resolvi me afastar dela, e da casa do kenji.

                      

Hoje eu estou aqui muito bem acompanhado, e resolvi assumir um novo relacionamento... O meu querido e belo sofá, nos assumimos o nosso relacionamento no ultimo mês. (Brincadeiras a parte) Eu estava de férias, resolvi tirar uns dias só pra mim, e como já viajo o mundo inteiro, decidi ficar uns tempos em casa. Mas como tudo o que e bom dura pouco, hoje como todos os dias estou indo para o estúdio, e como agora virou rotina, eu tenho que ir na casa do kenji para buscá-lo, pelo que entendi ele emprestou ao carro para a mulher dele viajar, acho que foi ver a mãe se não me engano. Eu acabei me prontificando a vir buscá-lo todos os dias em casa e aproveito para ver se consigo vê-la mesmo de relance, queria muito poder conversar com ela, e sei-la me aproximar mais dela, mas o kenji disse que o cara e muito invocado, e que a esposa dele disse que ele e muito ciumento, e eu não quero arrumar problemas desnecessários para ela, por isso me conformo em vê-la de relance apenas.

-E ae Brow, entra cara!<disse praticamente me empurrando>

-Ok, não precisa empurrar!<sorrimos>

-Foi mal cara, mas acordei atrasado, ainda não me acostumei em estar aqui sem a Leo!

-Esta tudo bem, eu espero!

O silencio invadiu a sala assim que ele se foi corredor adentro. Eu me levantei e fiz o mesmo percurso, parei rente a sua porta, sem me colocar a sua frente não queria invadir a sua privacidade.

-E ai, tem noticias dela Kenji?

-Da Leo?

-Não ne!... Da Gabriella?

-Bruno, você acha que eu vou ficar olhando pela janela?... Cara eu tenho a minha mulher para cuidar, amar, e o resto você sabe...

-OK, sem detalhes!

-E outra, não estou a fim de apanhar por ficar olhando para a mulher dos outros!... A Leo acaba comigo! <sorrimos>

-Ta certo!... E por falar nela, quando ela volta?

-Esta muito interessado nela cara?<perguntou ignorando completamente a minha pergunta anterior>

-Eu so estou preocupado sei la!... Ela me pareceu tão indefesa naquele dia!... So queria saber como ela estava!

-Olha, eu acho que o marido dela viajou, ao menos foi isso que a Leo me disse a uns dias atrás antes dela viajar!<disse colocando a camisa>... A Leo me disse que o marido dela pediu para que ela ficasse de olho na esposa, se caso ela precisasse de algo, mas como a Leo também viajou...

Nem esperei ele terminar de falar, sai da sua casa e segui pelo jardim lateral aonde a vi pela ultima vez. Olhei algumas janelas e nada dela, foi ate a frente da casa, lógico a do kenji, não queria que os vizinhos achassem que eu estava vigiando a casa e chamassem a policia. Olhei pelas janelas da frente e nada também, resolvi entrar novamente, fazendo o mesmo caminho, olhei para o alto e parei instantaneamente ao ver o seu rosto por uma das janelas do segundo andar, ela estava recostada na soleira da janela parecia distraída com algo, parecia estar com os pensamentos longe, estava tão... Linda.


Por um segundo ela pareceu despertar dos seus pensamentos, e olhou em minha direção espontaneamente, pareceu ficar tão paralisada como eu estava naquele momento, os seus olhos sorriram antes mesmo dos seus lábios, foi impossível conter o meu ao ver os seus olhos mais uma vez.