quarta-feira, 19 de fevereiro de 2014

Mais dor... Cap-06

<Bruno on>

Estávamos de boa curtindo a festa, estava me distraindo com o Liam e o Zadeh, gostava de fingir que fazia mágica para eles, isso os deixavam vidrados. (Titio charlatão, se eles soubessem) A noite estava indo muito bem, todos estávamos curtindo e jogando conversa fora quando ouvi uma certa falação e um inicio de discussão, e decidi ir ver o que estava acontecendo. Quando me aproximei vi um cara provavelmente o vinho, ele estava bastante alterado com o Kenji, me aproximei mais dele que já estava acompanhado dos caras, todos nos estávamos tentando amenizar as coisas, mas parecia que ele não queria papo. Vi uma moça tentando segura-lo, olhei bem o seu rosto, e era impossível não reconhecê-la, aqueles olhos, aquele rosto, era ela, a mulher do mercado, como ela era linda, e tinha uma voz suave, mesmo nervosa por tudo o que estava acontecendo. Ele a encarou e começou a gritar com ela, eu não poderia ficar simplesmente olhando ele gritar com ela, isso não e certo, e quando ele levantou a mão para estapeá-la eu não pude somente olhar, tive que me meter, e acabamos trocando alguns insultos que terminou em agressão física, ele achava que nos tínhamos um caso, ele e realmente muito idiota.

Os caras nos separaram, me afastando dele, enquanto o Dre e o Ryan o levaram a contra gosto para casa. Antes de entrar ela me olhou, eu a encarei seriamente, sinceramente, senti pena dela, ela não deve ter uma vida muito feliz ao lado deste homem, ele deve ser insuportável. Ela entrou e eu fui para casa do Kenji, por sorte o soco que ele me acertou foi mal colocado, e não chegou a me machucar, eles pensarão em não continuar a festa, mas ma realidade eu fiquei com receio de ir embora, ele acabar fazendo algo com ela, eu sei que não deveria me preocupar com ela, afinal nem a conheço, mas não sei o que senti ao vê-la, só sei que estou com receio dele por ela.

Ficamos mais algumas horas na casa, logicamente não no mesmo clima, mas trocamos algumas conversas. Estavam todos distraídos quando eu decidi pegar um bebida e ir pegar um ar no quintal, acho que eu realmente me preocupei com ela, e o por que eu não sei. Me peguei no quintal na lateral que dava para a sua casa, me escorei na parede e fiquei olhando fixamente para uma das janelas que estavam a meia luz, estava me sentindo confuso, ainda estava me perguntando por que eu me meti entre ela e o marido, eu não consigo me entender. Vi a luz se acender por completo, e uma sombra se projetar na parede, a sua sombra, com os seus lindos cabelos longos, ela apareceu na janela para fechar a cortina acho, e quando me viu pareceu ter paralisado, ficando estática assim como eu estava a observando, senti um no se formar na minha garganta, não sei explicar o porquê disso, como isso, só sei que senti uma enorme vontade de protegê-la. Do nada ela olhou para o lado e rapidamente fechou a cortina, daria qualquer coisa para saber o que ela estava sentindo neste momento, se estava com medo, triste, ou como eu, com um no inexplicável nó na garganta. Fui despertado dos meus pensamentos pelo Ryan dizendo que deveríamos ir embora, olhei no relógio e acabar de passar da meia noite, assenti positivamente, e antes de entrar olhei mais uma vez para a janela, e puder ver a sua silhueta se despindo, parei por mais uns segundos, e mesmo através da sombra consegui ver as suas formas perfeitas, como um homem teria coragem de ser grosseiro ou maltratar uma mulher tão bela. Dispersei estes pensamentos e segui para o interior da casa.

<Gabby>                                             *Musica*

 Depois de me despedi de todos, que e em seguida foram embora, me deixando sozinha com o Antonny fui tentar ajudá-lo, ele estava com a boca machucada devido ao soco que acabou levanto do rapaz, e como eu tenho a obrigação de cuidar do meu marido independente da burrada que ele faça “Na saúde ou na doença” fui tentar cuidar do ferimento em sua boca, pena que ele não queria ser cuidado.

-Sai daqui vadia, você não presta e nunca prestou!<dizia alto e bom som>

Eu so queria limpar o seu ferimento, mas a cada encostada que eu dava nele era um tapa que eu levava, nos braços nas mão para não encostar nele. Eu não queria deixa-lo de mão pois sabia que seria pra mim no dia seguinte, pois ele iria dizer que não tinha feito nada por ele. Eu não entedia o por que de todas esta agressividade comigo, eu troquei votos com ele, eu sou leal a ele sempre fui.

-Sua cachorra, idiota, já mandei você ir embora, sai da minha frente porra!

                

Senti um tapa muito forte estalar em meu rosto, eu so ouvia o estalar de suas mãos em minha pele, sua mão era quente, e muito ardente, e ela descia sobre o meu corpo sem pena, sem do, sem piedade. Eu queria gritar, queria impedi-lo de que continuasse a me agredir, ele não machucava somente a minha pele, ele machucava a minha alma, sentia a minha vida ser sugada a cada tapa, a cada soco sem piedade que levava, lembrava dos meus filhos, lembrei de cada aborto que sofri devido as suas agressões, a cada vida fruto do meu sangue que vi escorrer pelas minhas mãos em baixo daquele chuveiro, e penso que talvez tenha sido melhor assim, talvez eu não sirva para ser mãe, eu sou uma fraca que não tem capacidade nem de se defender, piorou um filho, ou 3.

Ao mesmo tempo em que me contorcia de dor, me corroía de ódio e raiva, sentia que nem o meu corpo e nem a minha alma aguentariam por muito tempo a toda esta tortura, e infelizmente eu não via muitos caminhos para mim, a não ser deixar ele me matar, ou morrer a míngua, eu não tinha forças para simplesmente dar um basta nele, ou simplesmente sair de casa, ate por que se saísse, para onde iria? Estava me sentindo vulnerável, um lixo, um brinquedo velho que você simplesmente coloca para fora de casa quando não quer mais, e deixa a mercê do tempo, da chuva, e do sol, ate ser levada embora para qualquer lugar, eu queria muito ser levada daqui, queria conseguir erguer a cabeça, e dar um rumo a minha vida sem medo, sem estes medos que me impedem de ser feliz. Isso se um dia eu serei feliz novamente... Se e que um dia eu fui feliz.

Depois que ele descontava a sua raiva, eu sempre estava no chão literalmente, o meu corpo doía, e as marcas vermelhas, e ate mesmo as feridas pelo meu corpo ardiam como fogo, ele sempre saia e me deixava pra trás, me deixava largada como um saco de lixo no meio do caminho. Reuni o pouco de forças que tinha, me levantei do chão e segui para o quarto, precisa de mais um banho, teria que encarar mais esta dor física, mas esta doía menos do que a minha alma doía agora.



Entrei no quarto e ele estava deitado na cama de barriga pra cima olhando para o teto, eu procurava não encará-lo, era o melhor que eu fazia. Passe direto e entrei no banheiro, ele tinha escondido as chaves de todas as portas interiores da casa para que eu não me escondesse dele em cômodo nenhum, então eu não podia trancar nem a porta do banheiro para tomar banho. Me olhei no espelho conterá a luz, observei cada marca deixada no meu corpo desta vez, era cada dia pior, com mais força e mais violência. Prendi o meu cabelo em o coque, e segui para a janela na intenção de fechar a cortina do banheiro, olhei pata o lado de fora, e i vi encarando a minha janela, ele estava olhando fixamente para mim, acho que ate dentro dos meus olhos se e que isso era possível, senti o meu corpo se arrepiar, um no se formar na minha garganta, um arrepio na minha espinha, o que era isso? Medo? Agonia? Confusão? Receio? Varias possíveis coisas passaram na minha cabeça, mas a única que me passava com mais força, era os seus olhos, como eles eram lindos e tinham o poder de hipnotizar qualquer mulher, este homem era um perigo para qualquer casamento, para qualquer mulher vulnerável. Por que ele me defendeu? Por que ele se meteu no meio do Tony e de mim, por que me proteger, eu não sou ninguém pra ele.

-Como e que e, você vai demorar muito ainda?<olhei em direção a porta e fechei a cortina rapidamente>... Acha que eu terminei com você?... Ainda te quero esta noite, você e a minha mulher, e tem o dever de me saciar!

-Eu já estou indo...

-E bom mesmo, e sem chororô!... Se você fica se insinuando para qualquer um na rua a ponto de ser defendida por ele, tem a obrigação de ser minha na hora, aonde, e como eu quiser!

-Claro!<disse deixando as lagrimas rolarem pelo meu rosto>

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