quarta-feira, 29 de janeiro de 2014

O inicio de um pesadelo! Cap-02

Depois de algumas horas de angustia, um forte chuva começou a cair, fazendo a minha preocupação aumentar. Depois de tentar me distrair com musica, livros, TV, e ate comendo, ouvi um carro parar no nosso portão. 

               


Segui ate a porta principal, e não poderia acreditar no que estava vendo. Ele estava sendo carregado por um cara que eu nunca tinha visto na vida, ele estava completamente alterado pela bebida.

Abri a porta e segui rapidamente ao encontro deles, ajudando o homem que também parecia estar bastante alterado, porem não como ele.

-O que aconteceu com ele?(perguntei ao homem)

-Hoje foi um dia difícil para todos nos na empresa, e decidimos parar para beber um pouco!(entramos com certa dificuldade em casa)... Mas ele acabou exagerando um pouco!(o colocamos no sofá)

-Eu não exagerei em nada!... Estou muito bem!(disse com a voz arrastada)

Estou vendo meu amigo!... A senhora vai precisar de alguma ajuda com ele?(me encarou)

-Não muito obrigada... Consigo dar conta dele sozinha!(o acompanhei ate a porta)

Na realidade eu precisaria sim, mas não conheço o cara, como iria ficar sozinha com ele dentro de casa, com o meu marido completamente alcoolizado.

                                            *Musica amores*


Me aproximei do Tony para tentar ajudá-lo a chegar no quarto para dar-lhe uma ducha, mas ele começou a ficar agressivo.

Ele mandava que eu o soltasse, e puxava a sua mão da minha com brutalidade, ele xingava a todo momento, e me xingava quando tentava ajudá-lo.

-Me larga vadia!... E por sua culpa que a minha vida está esta merda!

-O que eu fiz para você...

-Voçe apareceu na minha vida, e desde que isso aconteceu, ela virou uma merda!... Uma merda assim como você é!(não vou negar, as suas palavras doeram, mas eu tinha que ficar calma, ele estava bêbado)

-Vamos amor, você precisa de um banho!(eu precisava ficar calma e ajudá-lo)

-Me larga!(disse rispidamente)

Senti algo bater com brutalidade em meu rosto, e imediatamente um ardor enorme percorrer a minha face. 

                       


Ele tinha me batido, e não contente com apenas um tapa, ele continuou a me agredir, eu pedia para que ele parasse, mas parecia que ele não me ouvia, parecia estar tomado por algo mais forte do que ele, e isso me deu medo, me deu muito medo, parecia que ele iria me matar, ele não parava de me agredir, e de falar palavras de baixo calão.

Neste momento o meu corpo inteiro doía, tentava com todas as forças segurar as suas mãos, mas ele era extremamente mais forte do que eu. 

As suas mãos estalavam sobre a minha pele, estava encurralada em cima do sofá, neste momento ele parecia um gigante em cima de mim, ele tomava o meu ar, a minha visão, o meu coração estava acelerado, e o medo tomou completamente o meu corpo. Comecei a sentir fortes dores abdominais, e em seguida tudo ficou escuro.




Acordei estirada no cão da sala, levantei um pouco a cabeça, e olhei ao meu redor, aquela não era a sala da minha casa, estava tudo revirado, tinha coisas quebradas para todos os lados.
Apoiei os meus braços no sofá, e senti uma forte dor no abdome, olhei para baixo e me assustei ao notar que estava ajoelhada em uma enorme poça de sangue, coloquei a minha mão entre a minha perna, e senti uma dor enorme no peito, ao notar de onde vinha todo aquele sangue, e em seguida a dor se intensificou. 

Com muita dificuldade consegui chegar ao banheiro, passei uma água no rosto, retirei a minha roupa e entrei no chuveiro, me sentei no boxe sentindo as lagrimas se misturarem com a água que rolava pelo meu rosto, a dor que estava sentindo no meu ventre, não se comparava a dor que estava sentindo no meu coração naquele momento. E foi nesta madrugada que eu perdi o meu primeiro filho.



Confesso que na hora senti um ódio muito forte do Antony, mas por outro lado, a culpa era toda minha, se eu tivesse deixado ele em paz como me pediu na época, agora eu estaria com o meu bebe nos meus braços.


              (Se quiser pode parar de ouvir)


Depois deste dia ele se quer me pediu desculpas, e desde então a minha vida e estar machucada ou com hematomas, se antes já não saia de casa direito, agora praticamente não ia ao quintal, e quando ia, sempre tomava cuidando de não ser vista, por que ele disse que se eu contasse a alguém, ele iria me bater ainda mais.

Mas infelizmente uma destas vezes, a Eleonora me viu, não consegui entrar a tempo, e ela veio falar comigo.

-Gaby quanto tempo!... Pensei que estivesse com raiva de mim!(Disse do outro lado da mureta que dividia as nossas casas)

-Imagina Eleonora, eu so estava um pouco indisposta!

-Ainda ia te chamar esta semana, mas fiquei com medo de estar sendo inconveniente!... Voçe esta bem?(disse olhando fixamente em meu braço que tinha uma mancha roxa)

        

Ah, isso?(apontei para a mancha)... Eu bati no pilar da escada! (sorri abaixando a manga da blusa para esconder a mancha)

-Hum!... Tem certeza, isso parece...

-TENHO!... Esta tudo bem!... Eu preciso entrar tenho que fazer o jantar do Tony!

Entrei rapidamente e fui cuidar dos meus afazeres, afinal eu tinha que ser a esposa perfeita.
Já estava virando rotina, e todas as noites eu levava ao menos um tapa, seja por causa de uma camisa amarrotada, um arroz com um pouco a mais de sal, ou ate mesmo na hora de manter relações sexuais.

A minha vida tinha virado uma verdadeira tensão, e todos as noites eram angustiantes, pois sempre estava com medo de apanhar, ou de receber algum tipo de ameaça por parte dele.

[...]

Mais dois anos haviam se passado, estávamos com exatos 4 anos de casamento, e eu era uma mulher triste, e acabada pela dor, mas continuava a me manter firme. 

Pensei varias vezes em baixo da ducha, sentindo as ardências das feridas em meu corpo ao contato com a água fria, em simplesmente ir embora, mas ir embora pra onde, se tudo o que eu precisava tinha que pedir a ele. 

Eu já não podia mais sair de casa sozinha, eu não frequentava salão de beleza, e quando tinha que realmente fazer algo, ele mandava a pessoa vir ate a nossa casa, ou ia comigo ate o salão, mas sempre permanecendo ao meu lado, e na frente das pessoas me tratava com uma rainha. 

Ligações? So se ele estivesse presente, e durante o tempo em que não estava em casa, o telefone era trancado em uma gaveta, e eu só o ouvia tocar.

              

Na realidade estava vivendo em uma masmorra, era assim que eu me sentia, era como se eu estivesse no lugar da Rapunzel presa no alto da torre, isolada da vida, e isolada de tudo, a espera do meu príncipe encantado aparecer para me libertar daquela prisão.

Pena que deixei de acreditar em príncipes encantados a 4 anos atras, e no momento so acredito no dragão cuspidor de fogo.

Um certo dia estava na cozinha olhando para a dispensa quando ouvi um barulho de carro, e em seguida a porta da frente batendo, ele havia chegado em casa, e eu não tinha a mínima ideia do que explicar, o por que o jantar não estava pronto esta noite. Eu estava com medo, o meu coração disparou quando o vi entrando na cozinha.

              

-Cadê a comida Gaby?(ele se aproximou dando-me um breve beijo)... Estou extremamente faminto hoje!(sentou a mesa me encarando)

-Então Tony, e que a dispensa esta vazia!... Você não permite que eu saia de casa...

-Gaby, por que não me disse isso antes?(veio em minha direção calmamente)

Senti o meu corpo arrepiar, preparei o meu corpo psicologicamente para receber mais um tapa, ou soco, não sei que poderia vir em seguida.

-Sabe o que e Tony... E que você andou tão ocupado, que nem deu tempo de falar com você sobre nada!(lembrei de cada surra que levei durante todos estes dois anos)... Desculpa Tony!

-Ok Gaby, amanha eu vou te deixar sair para ir ao mercado, sozinha!(chegou mais perto sussurrando em meu ouvido)... Mas não pense que será fácil assim, eu vou te monitorar pelo celular!

                    

-Mas você tomou o celular de mim...

-So por amanha, eu vou deixá-lo com você, já apaguei toda a sua lista de contatos! ... Porem se tentar qualquer coisa!(Disse me puxando para um abraço)... Você sabe muito bem o que ira acontecer!

Depois de me ameaçar, ele se desvencilhou do abraço, que a muito tempo não me dava, na realidade, já se fazia muito tempo que não recebia uma demonstração de carinho, ou afeto da sua parte. Em seguida ele foi ate a geladeira, pegou a ultima fruta e se retirou da cozinha.

Eu me sentei a mesa com o coração na mão, e imediatamente comecei a chorar, estava nervosa e tremia de medo, neste momento a única coisa que eu queria era que ele voltasse a ser o Tony de antes, o meu Tony.

sábado, 25 de janeiro de 2014

Minha história de amor...cap-01



*Flashback*
-Uma vez que e de vosso propósito contrair o santo matrimonio, uni as mãos direitas e manifestai o vosso consentimento na presença de Deus, e da sua igreja!
Assim como o sacerdote nos orientou, juntamos as nossas mãos direitas.
-Eu Antony, recebo-te por minha mulher a ti Gabriella, e prometo ser-te fiel, amar-te e respeitar-te...


Eu estava tão ansiosa para que este dia chegasse logo, e agora eu estou tão feliz, eu nunca imaginaria estar me casando com um homem como o Antony, ele e simplesmente perfeito, como um príncipe encantado.
Neste momento eu olhava em seus olhos, e ele fazia o mesmo, eu estava tão maravilhada, que so conseguia pensar em nos dois, e de como seria daqui pra frente nos, nos, e nos... Enfim, eu estava satisfeita com tudo, realmente era tudo muito maravilhoso, como a minha mãe disse.
-Eu Gabriella recebo-te por meu marido a ti Antony, e prometo ser-te fiel, amar-te e respeitar-te, na alegria e na tristeza, na saúde e na doença, por todos os dias de nossa vida!
Dissemos tudo sem que os nossos olhos se desviassem um so minuto. O sacerdote nos entregou as alianças já abençoadas, na qual trocamos ainda sem desviar o olhar , estávamos extremamente emocionados, já tínhamos feito a mesma coisa no ensaio, mas aqui, agora, perante a aos nossos familiares, e a Deus, senti uma emoção única.
-Pelo poder a mim investido, eu vos declaro marido e mulher!... Pode beijar a noiva!


Esperei meses para ouvir esta frase, e enfim sentir pela primeira vez os lábios apaixonados do Antony, agora como o meu marido. Ouvindo o aplauso de todos os ali presentes, fomos nos desvencilhando do beijo calmamente. Era impossível tirar o sorriso dos meus lábios naquele momento.
Este foi sem duvidas o dia mais feliz da minha vida, ele foi exatamente como eu imaginei desde que era pequena, e que ainda sonhava com o príncipe encantado, e que ele viria me salvar do dragão cuspidor de fogo em cima de um belo cavalo branco.
Desculpe acho que neste mo mento, eu não estou sendo uma boa princesa.
O meu nome e Gabriella Nogueira de Albuquerque. Tenho 30 anos, sou brasileira, mais precisamente do Rio de Janeiro, moro com os meus pais, a minha mãe se chama Christinne, e uma mulher incrível, que eu amo muito. Assim como o meu pai que se chama Luis, ele e um homem incrível, e sempre fez tudo por mim e pelo Gustavo, o meu irmão mais novo. 

Bom, eu sou casada a 5 anos com o Antony, ele tem 33 anos, e era o melhor marido do mundo, era compreensivo, amoroso, gentil, educado, e sempre me tratou muito bem, era muito amado pelos meus pais, e tinha o Gustavo como i seu melhor amigo.
Ele e diretor de marketing em uma multinacional, e por conta disso so moramos mais um ano e meio no Brasil, pois ele foi transferido para a sede que era situada na linda, e bela Los Angeles. A principio fiquei extremamente feliz, mas logo o medo de estar em, uma nova cidade, e longe dos meus familiares me deixou apavorada, mas logo as palavras de conforto da minha mãe, me fizeram mudar de opinião.

“Uma mulher casada tem que seguir o seu marido aonde quer que ele va!” (Este era o se argumento mais forte)

A minha mãe era de uma época diferente, de costumes diferentes, que mesmo o casal se unindo sem amor (que não era o nosso caso) eles permaneciam juntos ate o fim.
Depois de um ano e sete meses de um casamento perfeito, e praticamente sem brigas, embarcamos para Los Angeles. Ele comprou uma boa casa, e muito confortável, na qual eu fiquei encarregada de mobilhar e cuidar da sua conservação. Não tinha ninguém para me ajudar com os afazeres, e também era melhor assim, pois tínhamos que cortar alguns gastos, por causa da compra da casa. E eu gostava de cuidar pessoalmente, e com muito zelo das suas coisas.


A cidade era linda, e muito aconchegante, estava encantada com cada fachada, cada loja, cada detalhe que saltava aos olhos, e o Antony? Me tratava com todo o amor do mundo, me levava para jantar, ao teatro, ao cinema, enfim, era o marido perfeito, ele sempre me trazia flores, ou algum mimo qualquer.
Quando completamos dois anos de casamento, entramos em crise. Na realidade a empresa entrou, mas ele acabou trazendo alguns problemas para dentro de casa. Eu tentava ser compreensiva e relevar algumas grosserias que ele acabava fazendo.
-Mas que merda e esta?(disse a mesa do café da manha)
-São as panquecas com geléia de morango que você gosta!(disse em um tom mais calmo)
-Elas estão horríveis!... Prefiro ficar sem comer, a comer esta porcaria!(se levantou)
-Posso fazer outra coisa se você quiser amor?
-NÃO QUERO NADA!
Me agarrava a esperança desta crise acabar logo, e eu voltar a ter o meu marido gentil, e carinhoso de volta.
Antony, *Tony para os íntimos* e um homem muito lindo, e alto, de olhos azuis hipnotizantes, tem uma boca marcada, e a sua barba por fazer, dava-lhe um toque ainda mais sexy. Ele sempre foi um homem muito cobiçado, mas eu sei que esta mudança so tinha a ver com a empresa, e não com algum caso extraconjugal. Eu sei que ele me ama.
Eu passava os dias muito sozinha, cuidava dos meus afazeres na casa, e cuidava das minhas flores no jardim, eu sempre amei a natureza, e principalmente as flores, a sua beleza e o seu perfume era algo que me deixava radiante.
Em uma das vezes em que estava distraída no meu mundo cuidando das minhas flores, conheci a minha vizinha, ela se chamava Eleonora, tinha 29 anos, era casada assim como eu, mas ela passava a maior parte do tempo sozinha, pois o seu marido estava sempre viajando muito, e ela sempre estava muito solitária. Acabamos nos tornando muito próximas, não amigas, mas sabe aquela vizinha que você sempre da bom dia, e acaba gastando algumas horas do seu dia? Éramos assim.

Ela me contava algumas coisas do dia a dia da cidade, e da sua vida com o seu “casamento a distancia” como ela sempre dizia, e acho que com isso, acabei virando meio que a sua confidente. Bom, voltando com o problemas da empresa, em que o Tony dava a sua vida, ela estava indo de mal a pior, e ele cada dia mais nervoso e estressado.
Uma noite ele demorou muito mais do que o normal para chegar em casa, me deixando extremamente preocupada. Liguei algumas vezes para o seu celular, mas não obtive nenhuma resposta, me deixando praticamente em pânico.
Aquela noite parecia não ter fim, as horas não queriam passar, me deixando ainda mais apreensiva a cada minuto. Tudo o que eu queria naquele momento era ver o meu marido, e saber que ele estava bem.